domingo, 24 de julho de 2011

Voltando a escrever...

Não que eu tenha deixado de escrever... Já que essa é uma de minhas maiores paixões. Mas retornando a publicar meus inúteis pensamentos sobre a vida e o cotidiano.

É... acho que escrever é um bom tema para uma primeira postagem, nesta nova página que inicio, juntamente com momentos e vivências que começo e recomeço ao decorrer dos dias que passam cada vez mais depressa. 


 Me apaixonei pela escrita assim que ganhei de meus pais lápis e papel... faz tempo... Sempre fui uma criança diferente. Desde que habitava a barriga de minha mãe. Ela sempre me conta sorrindo que esperava que seu bebê seria agitado na barriga, como os de tantas outras amigas... mas não, a criança na barriga dela era quieta, e ela corria preocupada para o hospital, pois não achava possível que sua criança fosse tão parada em seu ventre. Mas sempre que ela chegava desesperada na clínica o médico dizia: " Fique calma, a sua menina só esta dormindo. " Mamãe inconformada dizia: " Como pode ficar dormindo esse tempo todo!? E  o médico sorrindo dizia, quando ela não dorme ela deve estar pensando sobre a vida que terá... e de fato acho que sempre pensei muito, eu vivia no mundo da lua. Aos 4 anos eu rabiscava tudo, passava o dia com papel e caneta na mão, eu rabiscava paredes, sofás, papeis, documentos, fotos... Tudo o que minhas pequenas mãos alcançassem... Mas eu não falava muito, era uma criança quieta. Aos 5 anos na pré-escola eu ouvia a cada palavra da "Tia", mas não falava eu apenas rabiscava o papel... Preocupada a "Tia Débora" tentou uma aproximação mais direta, ela pedia que eu me sentasse com ela e me fazia diversas perguntas que eu apenas respondia com a cabeça. Então ela me deu um livro para colorir " O garoto e seu skate maroto " Eu ri e disse: " Mas que palavra engraçada, " Marota " é assim que a nonna me chama! " Tia Débora surpresa - Você consegue ler!. Eu era tão miudinha! rs... Colocaram-me em outra turma depois deste dia... Aprendi com minha mãe, e aquilo para mim era um encanto... Toda semana eu ganhava um  livro das tias...e assim começou meu amor à leitura e à escrita. Não acho que escrevo bem, longe disso... mas amo escrever... às vezes só para acalmar meus vulcões internos. Me sinto mais leve, mais livre... Escrevo na tentativa de tornar a vida mais rara, os dias mais belos e as dores mais suportáveis.
Obrigada por ler e por emprestar seu tempo às inquietações que me acompanham. Isso faz parte de minha humanidade. O caminho é longo para o encontro harmônico das diferenças, mas ao fim do caminho existe o tempo. O tempo do infinito, que empresta vida aos nossos dias, que permanece eternamente jovem, o tempo que habita em cada um de nós. É um reino imaginário de momentos raros, quanto mais o conhecemos, mais enfeita e perfuma a vida,  mais nos eterniza. É uma viagem longa, para alcançar emoções ainda não conhecidas... Que iniciemos aqui o primeiro passo da partida...